FAQ Jean Carlos Sestrem

FAQ – Jean Sestrem

Quem é Jean Sestrem?

Um terreno cultivável…

Como vê a vida?

Estrada, na estrada tem tudo que na vida tem…

Amores?

Amo os que me amam, me apaixono pelo que quero amar… e não amo mais quem deixou de me amar, questão de sobrevivência…

Humildade?

Dom de Deus pra mim, pra alguns, um meio…

Trabalho?

Utopia, uma constante evolução humana, no trabalho é preciso valorizar o tempo que se gasta com ele na busca do reconhecimento não pelos lucros gerados mas pela satisfação humana. Não vejo um trabalho valer a pena se não emocionar por sua grandeza e contribuição para a vida humana… Acredito que quando for reconhecido é porque fiz algo que ensinou muita gente a viver melhor e não porque dei lucros a quem financia bombas e armas…

Família?

Vital para sobreviver no mundo, porto, saudade… Família é ter onde aportar não no fim, mas na viagem…

Paz?

A parte boa do vazio e da solidão… Muitos querem, muitos tem, muitos podem, poucos acham…

Revolta?

Guerra, fome, injustiça, marketing político…

Marketing Político?

Sim, tenho horror a mentira bem feita, a mentira que vence, aos que vencem pelo poder de convencer sem ter feito ou ter credibilidade natural para tanto baseado numa história de vida e não numa estória erguida do nada.

Deus?

Locador camarada, agiota querido, banqueiro justo, que empresta para que se pague como melhor convier, da maneira que achar que é justa, correta, que venha a somar e fazer crescer o capital a você emprestado, sem juros e sem cobranças, sem pressão, que faz dever pelo que se sente e quer o pagamento pelo que se consegue ver na necessidade de ser grato. Deus é Pai e mãe no conceito natural de existir…

Ciência?

Mais uma forma de ver a vida, a parte chata é que a utopia é a lógica. Milhares de anos gastando zilhões de riquezas para no máximo conseguir espiar o universo pela fechadura. Nunca seremos estelares passando fome… O custo de uma simples sonda pra pousar em marte e espiarmos um deserto por um olho microscópico de vidro poderia atenuar a miséria por muitos anos, e o pior, é que daria pra fazer os dois… Damos vidas para espiar o universo com um olho só e não enxergamos que o deserto frio e cruel é aqui. É triste ver que os avanços dela obtidos para a diminuição da dor e o prolongamento da vida são de acesso restrito a quem menos merece. Os direitos autorais e as patentes são cruéis e desumanos.

Ser humano?

Um poço de sabedoria represada, habitação do bem e do mal, instintos complexos e refinados pela permissividade de persuasão pelos mitos e temores impostos pelo controle minoritário. A sociedade criou seus próprios monstros e deuses para achar que vive… Faço parte disso, mas aceitaria não fazer…

Política?

O que penso hoje pode não ser o que pensarei amanhã, dinâmica, aderente, parasita, impostora, arena de leões, que disputam o representar. Confundiram tudo, representam como atores e não como representantes. Política é um altar que se deveria chegar pra dar voz a verdade e não um palco para atuar com a ficção. Acreditarei na política quando pararem de dividir a sociedade em raças, credo, classe econômica, classe intelectual, classe sindical… Quanto mais dividido melhor a quem é menor… A política diminui o povo pra tentar ser igual porque tem medo do seu tamanho e de sua força. Não tenho medo do dia que o povo acordará sozinho, sem o canto da sereia mandar-lhe pintar a cara, mas a cara pintar-lhe a vergonha no coração…

Cidade Natal?

Berço, raiz, cenário do aprendizado, um lugar que sempre se sonha voltar, e vê-la valorizada e bem cuidada.

Leitura?

As que expõem as falhas, que narram erros e acertos, que dão exemplos com começo meio e fim. A ficção não me ilude mais, nem me dá esperança e nem me faz entender nada. Prefiro a experiência com coisas reais, sonhar e imaginar é uma coisa muito particular para achar nos livros.

Filmes?

Gosto de gastar meu tempo diante da TV para aprender algo, mais ou menos como nos livros, sou viciado em documentários e gosto de filmes de ação com cenários e temáticas vividos em acontecimentos históricos.

Mar?

Amyr Klink já disse, ecoando seus sentimentos e de outros navegadores que tiveram uma vida íntima com o mar: O mar não é obstáculo mas sim um caminho. Amo o mar, ele gera temor e é mitológico, por isso o ser humano o ama tanto, ele é o maior órgão do corpo terrestre e merece respeito e reverência.

Justiça?

Eu a vejo como limite da igualdade, como vê a constituição, porém, os homens que a defendem e interpretam, o fazem mentindo e protegendo alguns da maioria.

Arte?

Descompromisso com o tangível simplesmente, que toca no sentido reflexivo da abordagem, atrai pela curiosidade e conclui no fazer ver o que não vê qualquer um. Arte é a expressão interior do mundo exterior na maioria dos casos, quando feito por um artista e não por um comerciante de objetos…

Amigos?

O rebanho mais difícil de juntar ao seu redor, se dizem que o casamento é difícil de se manter porque é a união de dois, imagina mais que isso. Mas quem os tem, e quanto mais tem, mais felizes são. O verdadeiro amigo só quer sua presença em sua vida, mais que isso, não é amizade. Ser amigo é tão simples, tão barato e faz tanto bem, que a maioria não da valor… Preferem o resfenol, a neosaldina, o antidepressivo, as drogas, o álcool. Amigo pra mim não vai junto, espera voltar, de braços abertos, sorriso escancarado e com cara de quem diz: Eu avisei seu teimoso, por isso te esperei, não precisa se desculpar, o importante agora é curar, te quero feliz… Amar o perfeito é fácil…

Música?

Trilha do que se vive, são muitas as opções e pra cada momento que se vive tem mais do que uma para bem acompanhar o momento. Gosto da música que se compara ao vinho no sentido mitológico de ser, tudo é bem descrito pelo vinho que acompanha…

O que é problema pra você?

Solução. Pra mim, problemas são a fonte da vida e do conhecimento, responsável pela evolução e a maturidade humana, desde o machado até hoje foram os problemas que foram os embriões das soluções. Problema é o combustível que faz funcionar o tempo.

Beleza influencia?

Sim, atrai, natural isso, porém, é preciso saber que sob um lindo jardim verdejante e florido pode haver um lago profundo, ter a consciência que a beleza da rosa desvia a atenção dos espinhos, que uma bela onça pintada hipnotiza tirando a atenção das unhas e dentes, que uma linda águia tem bicos poderosos dignos da própria ressurreição e que os belos olhos de Helena dizimaram os Troianos… É difícil aprender isso sem a dor da mão queimada como ensina o belo fogo…

Futuro?

Uma equação complexa de resultado infinito com fatores variáveis que farão dele o que der tempo de fazer com a sabedoria que puder absorver, sem lógica e predominantemente balizado pelas circunstâncias. Acredito na Lei da atração contrária do que pregam, não é o que atraímos que fará a diferença antes de sermos atraídos pelo que melhor nos somar.

Esportes?

Os que emocionam, gosto dos ligados ao mar, as condições extra humanas que interferem no resultado, a força da natureza, a base necessária de conhecimento para tentar acertar o mais próximo da previsibilidade me fascinam. Gosto quando o homem precisa da natureza para obter um resultado, acredito que esse esportista dá mais valor as forças supremas, ele tem que ser mais humilde, ele tem quer menos egocêntrico.

Cuba?

Condenados, não pelo regime, mas pelo mundo que não tolera o diferente. Fácil dizer que em Cuba passam fome, vivem misérias, embargando é fácil. Se o mundo lhes desse liberdade e permitissem que o modelo fosse avaliado sem interferência cruel das circunstâncias impostas, quem sabe, não teríamos mais a aprender do que para condenar. Talvez até teríamos mais a cobrar de quem não quer ser cobrado. Estou certo? Errado? Quem dirá, não permitiram constatar…

Fé?

A que move montanhas não me atrai, prefiro a que me move…

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